segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Gira

sempre que aspira o ar sereno
um novo remendo
paliativo do riso
reminiscências
cheiro de feno
de um velho novo tempo

mas quando gira
nem sempre move
ainda que saia do lugar
eu sei que comove
mas me sinto um muar
ao ruminar rancor
ao invés do cheiro doce
que vem da flor

mas quando vibra
me lembra do luar
inspira o que há de bom
poesia que se esconde
atrás de árvores
modifica o trágico
faz da vida mais
que um módulo tático