domingo, 17 de maio de 2009

Incertezas

abdico do definitivo
não é por causa
da armadura
talvez a ternura
da tortura

o real é parcial
leitura do individual
regida por diferentes prismas
dissoantes premissas

por quê?
por que o real pertence ao mundo
pouco meu, pouco teu
mera interpretação
nunca acessado em sua essência
ficamos apenas com a complacência
achar a verdade do coletivo
é mera inocência

estamos certo e tolos
pela dormência dos sentidos
sou descrente e cético
mas estou envolvido
ainda que reprimido

restos de certeza
imersos num caldeirão
vago da inter opinião
que não é verdade
tampouco tese de sanidade

não acredito nas sentenças
prefiro a leveza
e o combate às doenças
por quê proibir as incertezas?

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