me faço rogado
te trago atrasado
uma sinfonia
de gatos magros
te sinto inquieta
tragando a fumaça
do sumo da madrugada
calada como o espelho
do menino embusteiro
em tons graves
me guie inteiro
como o grupo coeso
das negras aves
te sinto infinita
como o som inexiste
no desenho da clave
recrie meu mito
me ponha no prumo
me leve para dentro
do sonhos puros
não os abstratos
derrube os prédios
me ponha no cerne
incerto
da hecatombe
me aproprio dos termos
para te fazer uma canção
o tolo sem ouro
o mouro sem salvação
um estrito sentido
lúdico
quase fáctico
esqueço por um segundo
o uno do átomo
Pra onde
Há 5 anos
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