no fundo todos querem relaxar
arrumar suas mesinhas
uma tarde pra passear
e um tapete pra pisar
no quadrilátero do absurdo
contra luzes e latidos de cães surdos
que desafiam o silêncio da noite
seja a fumaça
ou o regozijo das carcaças
que elevam e temem essa teia
absorta nos movimentos
de tons cinzas nas paredes dos muros
tocados, mas desprezados
esperando um novo sol que cruza
através da cortina de neblina
que cobre o mundo
das torres insanas
desbravadores controlando o infortúnio
apoiados em premissas erradas
nas pistas dadas
sucumbindo ao ar rarefeito
a lufada gelada
que anestesia
o ritmo da caminhada
Dos afetos e das impermanências.
Há 8 meses
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