Preciso me achar
Mas não quero falar
Não quero esconder
Mas prefiro guardar
pequena manhã de outono
estoura em meu peito
O que eu não sei
Nada pressinto
Eu insisto
me prende
entende e
acende
porque o ontem nunca será
nada evapora no ar
ontem... eu resolvi mudar
viver o hoje
ganhar a cidade
tocar a viola
e bebericar
se o denso é meu medo
eu me fecho em mim mesmo
dou meia volta
e só sei que é intenso
sou refém do desejo
e do cheiro
da cor amarela
da vista secreta
do remexo do teu cabelo
que consome
corrompe
e abala
todo o vestígio moral
de onde vem toda leveza letal?
mas eu preciso falar
preciso vergar
o peso do ar
que resiste, insiste , que é triste
e me faz calar
mas eu preciso falar.
Pra onde
Há 5 anos
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