domingo, 21 de junho de 2009

Apanhador

e nessa
pretensa constância
nos fragmentos
de infância
eu vejo
nos teu olhos
a minha
linha estranha
do novato
ao insensato
o sênior duro
quase maduro

nos teus brinquedos
também estão
os meus segredos
de lembrança
cheiro de estância
em auspício de
bonança

e no discurso
pueril
espontâneo
é onde tu desperta
meu encanto

me cubro
dessa doçura
de canto
e por isso
eu volto pro
recanto
pra que
lentamente
corra
meu pranto

doce menina
que tudo venha com
o molde da esperança
no firme
olhar dessa criança
assim como
mede a balança
a gente dança
e de algum jeito
avança
pois sempre acha
que alcança

e por isso
sou apanhador
das fraquezas
e do medos
que virão
dos sonhos
que se quebrarão

por isso
eu apanho
a tua dor
a dor do inocente
crente que
pra descobrir
o amor
é preciso ser
valente

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