cansei das próprias promessas
agora as querelas prescrevem
pois esqueceram de ter pressa
da música que é omissa
escondida no reino imaturo tardio
já cansei de comício
e da própria rebeldia sem serventia
o que me urge é o reparo do desamparo
nos brinquedos esquecidos
no aconchego apertado do leito distante
reparo é constância
é pratica do desapego
do que já foi inteiro
desoterrar o incruado sorrateiro
nuvens que se movem
como acordes de fim de tarde
anunciando o temporal
que o cheiro da terra úmida invada nossa arte
que a chuva molhe essa lágrimas
Pra onde
Há 5 anos