segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Acordes do final da tarde

refém do humanismo
rei escondido pretenso
aqui não há compromisso
o tardio é denso, quase inconstante, quase vazio

dessas urgências sem importâncias
num copo de birita
a concretização do desapego
cessa o ritmo frenético
disfrutando do sossego

ao acordar em desatino
num sonho expandível
quase improvável
coração perdido
encanto impreciso
reflete um vasto recanto
emula nosso canto

errando algumas melodias
no andar que nunca se move
respirando poesia
quase parados
quase distraídos

mas refinam-se os acordes
desse fim de tarde
saciando a minha sede da pele que arde
com boa música e o amargo do mate

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