um corpo que vaga só
por entre castelos de pedras, desejos e quimeras
às vezes quase invisível, pois estranha o intangível
nem o silêncio esvazia o olhar sensível
que descobre que as portas estão todas as abertas
apenas juntando forças que se revelam por entre frestas
sublimando nuvens douradas, barcas quase paradas
arredias à ancoragem
a nau segue viagem
desafiando os artifícios que barbarizam novos fatos
mas nossos quadros refutam a mesmice
e buscam outros relatos
zombam do marasmo
agora, o olhar destrói a razão
marujo que não teme azarão
pois há prontos sentidos na reserva da ação
portos que recebem várias direções
sacodem emoções, desaprisionam sensações
os fossos se abrem
liberando a putridão
o sol forte seca as feridas
que já abalaram as vigas
agora, sorrimos para o mar
Pra onde
Há 5 anos
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